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Comunidade Indígena: Lideranças se reúnem para buscar solução

13/08/2018 09:55:00

 

Em busca de solução para a comunidade indígena de Carazinho, que tem prazo da justiça até setembro para sair da área pertencente ao município em que vivem atualmente, foi realizada na última quinta-feira, 09, em Passo Fundo, uma reunião com o vereador Anselmo Britzke, Presidente da Ação da Mulher Trabalhista (AMT) Adriane De Bortoli, Procurador Federal da Fundação Nacional do Índio (Funai) Marcelo Zeni, Produrador da República Ricardo Gralha Massia, cacique da comunidade Ivo Galles, acompanhado dos líderes Sandro Galles e Eliseu Soares.

Na oportunidade, o procurador federal da Funai, Marcelo Zeni, afirmou que, com a ação de reintegração de posse do município todos os envolvidos saem perdendo, pois a Funai utilizaria a área de poder do governo para assentar a comunidade no centro do município, ou seja, a área dos trilhos. “Os índios estão no local que atende o pleito temporário enquanto aguardam a solução junto ao governo federal. Com a ação, todos saem perdendo”, argumenta.

O vereador Gauchinho destacou que a Funai não apresentou nenhuma proposta. No entanto o município está preocupado e busca uma solução, inclusive, salientou que o prefeito municipal Milton Schmitiz demonstra interesse na troca entre as áreas dos trilhos pela área ocupada pela comunidade indígena.

O procurador da república Ricardo Massia abordou a importância da reunião e a demonstração de interesse de ambos e que todos saíram ganhando com essa parceria. Massia sugeriu uma nova reunião com a participação de todos os órgãos envolvidos (município, Funai, Governo Federal) para o processo de negociação de troca e acordo entre as partes.

De acordo com o cacique Ivo Galles, a área em que a comunidade indígena está instalada é muito melhor e mais segura para as crianças, comparando com a rodovia, onde viviam antigamente. “Nesse espaço onde vivemos, conseguimos desenvolver atividades na nossa escola com 63 alunos que estudam até a 5º série e aprendem também nossos costumes e há segurança para as crianças e jovens frequentar as escolas no município”, argumenta.

A comunidade, denominada Vyj kupri, que significa “Arco Branco”, possui cerca de 32 famílias e mais de 130 integrantes. Segundo o líder Eliseu Soares, para preservar os costumes, todos devem falar a língua de origem dentro da comunidade e o matrimônio deve ser entre eles.

A próxima etapa será documentar a intenção dos órgãos envolvidos e uma nova reunião será marcada.

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